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ECONOMIA

Dólar vale R$ 1,83 e Bolsa cai acompanhando pessimismo global

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publicado em 22/03/2012 ás 12h10

O dólar comercial abriu os negócios desta quinta-feira em alta e às 11h, a moeda americana se valorizava 0,49% cotada a R$ 1,8300 na venda e R$ 1,8280 na compra. Dados ruins da atividade industrial na China e na Europa deixam os investidores de mau humor. O Ibovespa acompanha o pessimismo global e opera em queda. Às 11h, o indicador operava em queda de 0,96% aos 66.217 pontos. Na Europa e nos EUA, as Bolsas caem.

Os contratos futuros com vencimento em abril tinham alta de 0,21%, cotados a R$ 1,828.. Na quarta, a moeda americana encerrou o dia com alta de 0,17%, cotada a R$ 1,821 na venda, sem intervenções do Banco Central no mercado de câmbio.

Na China, o Índice Geral de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), que acompanha o nível da atividade industrial, medido pelo HSBC, caiu de 49,6 em fevereiro para 48,1 em março, a pontuação mínima em quatro meses. Abaixo de 50 pontos, o indicador sinaliza queda na atividade econômica. Na Europa, as Bolsas operam em queda de mais de 1%. O índice Ibex, da Bolsa de Madri, cai 1,56%; o Dax, da Bolsa de Frankfurt, tem desvalorização de 1,52%; o índice Cac, de Paris, perde 1,66% e o FTSE, da Bolsa de Londres, cai 0,74%.

O PMI Composto da zona do euro, que reúne dados de indústria e serviços, também veio mais fraco. O indicador caiu para 48,7 pontos, reforçando os riscos de uma recessão na região. Houve retração do PMI na Alemanha e na França. A queda nas encomendas fez o PMI alemão encolher pela primeira vez no ano. O indicador caiu de 50,2 no mês de fevereiro para 48,1 em março. Abaixo do patamar de 50 pontos, o indicador indica retração da economia. Foi a menor marca desde novembro do ano passado, quando o PMI alemão ficou em 47,9 pontos.

Na França, o PMI de março ficou em 47,6 contra a marca de 50 pontos de fevereiro. Os números mostram que apesar do acordo para salvar a Grécia, a crise na Europa continua mostrando sua cara, com o baixo crescimento ou retração das principais economias.

Nos Estados Unidos, o número de pedidos de seguro-desemprego recuou em 5 mil na semana encerrada em 17 de março, passando de 353 mil para 348 mil. É o patamar mais baixo em quatro anos. Os indicadores antecedentes nos EUA tiveram alta de 0,7%, contra uma alta anterior de 0,1%, acima das expectativas do mercado. Foi a terceira alta consecutiva do índice, que é a compilação de dez indicadores que devem liderar a atividade econômica no próximo bimestre. O dado mantém o precedente positivo para a economia americana nos próximos 60 dias.

Mas os pregões americanos operam em queda acompanhando o pessimismo global: o Dow Jones cai 0,44%; o Nasdaq se desvaloriza 0,43% e o S&P 500 tem queda de 0,59%.

Na cena doméstica, surpreendeu o número do IPCA-15 de março. O indicador subiu 0,25% contra os 0,53% verificados em fevereiro, uma queda expressiva que surpreendeu o mercado. Nos primeiros três meses do ano o IPCA-15 subiu 1,44%, abaixo dos 2,35% verificados no mesmo período do ano passado. Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que a taxa de desemprego em fevereiro foi de 5,7%, pouco acima da taxa registrada em janeiro de 5,5%, mas no menor patamar para o mês de fevereiro desde o início da série histórica, em março de 2002.

Na Ásia, as principais Bolsas fecharam em alta, com exceção da China, nesta quinta. O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em alta de 0,4%. Após quatro dias de perdas, a Bolsa de Hong Kong fechou em alta e o índice Hang Seng subiu 0,22%. As Bolsas da China fecharam praticamente estáveis. O índice Xangai Composto caiu 0,1% enquanto o índice Shenzhen Composto perdeu 0,2%.

O Globo