João Pessoa, 16 de março de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Em encontro com o presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter, o presidente da Câmara, Marco Maia, disse nesta sexta-feira (16) que a Casa vai "levar em consideração" a liberação de bebidas na Copa, mas não deu garantias de que haverá permissão expressa do consumo em estádios durante a realização do evento.
"Temos na semana que vem um debate sobre a Lei Geral da Câmara no plenário. A questão das bebidas faz parte de um debate que resultou em documentos assinados pelo governo brasileiro. A intenção é de que não só esse tema, mas todos os temas que resultaram da negociação com a Fifa sejam levados em consideração no debate", disse Maia.
Segundo ele, a intenção do governo na Câmara é "fazer com que a aprovação da Lei Geral da Copa possa se dar num ambiente de cumprimento dos acordos".
Maia afirmou ainda que o "sucesso" na realização da Copa depende de uma relação de "solidariedade" entre o governo federal, a Fifa e o Comitê Organizador Local. "Estamos convictos e convencidos de que a Copa é um grande evento internacional, que exige muita colaboração e muita solidariedade entre os agentes envolvidos", disse.
Mais cedo, o presidente da Fifa afirmou, após reunião com a presidente Dilma Rousseff, que obteve dela a garantia de que o Brasil cumprirá todos os compromissos firmados com a entidade para a realização da Copa. Após o encontro com Maia, agradeceu e disse estar "feliz" com as garantias do governo. "Sou grato à Câmara por me dar essas garantias prometidas, que são fundamentais para a realização da Copa", declarou.
Blatter afirmou ainda que o atraso nas obras dos estádios da Copa não é objeto de tanta preocupação. "Temos enfrentado as mesmas situações em copas em locais anteriores. Não é uma questão de otimismo, é uma questão de confiança", disse.
Ainda sobre a Lei Geral da Copa, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia, afirmou que irá conversar com líderes do partidos para fechar questão sobre a aprovação do projeto. Disse que "as posições do Brasil estão acima daquilo que possa ser opinião pessoal". "Na medida que o Brasil assinou compromisso com a Fifa, o governo brasileiro cumpriu o acordo enviando o projeto original", afirmou.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, também disse que o Brasil "vai cumprir todas as garantias assumidas com a Fifa", mas não quis especificar a versão da Lei Geral da Copa que será defendida pelo governo. "O governo não tem receio. O governo vai confiar na decisão da Câmara", disse.
G1
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