João Pessoa, 22 de janeiro de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A Polícia Civil indiciou, na semana passada, Luiz Carlos Rodrigues dos Santos pela execução de Mayara Valéria de Barros Ramalho Lemos, gerente assassinada no dia 12 de janeiro na praça de alimentação do Mangabeira Shopping, em João Pessoa. O acusado foi indiciado pelos crimes de homicídio, sequestro e tentativa de homicídio.
+ Mulher é assassinada a tiros dentro do Mangabeira Shopping, em JP
No depoimento à Delegacia de Homicídios, que a reportagem do Portal MaisPB teve acesso, Luiz Carlos disse que esteve uma semana antes do atentado no restaurante Girau para uma seleção de emprego, mas não recebeu respostas por parte da empresa. Ele relata que esperou o resultado da seleção de emprego, mas diante da ausência de contato decidiu ir até o Shopping portando uma arma de fogo e diversas munições que tinha “há mais de 30 anos”.
+ Homem matou mulher por não aceitar recusa de emprego em restaurante
Ao chegar no restaurante, Luiz tentou contato com a vítima em busca de um retorno, mas teria, segundo o que foi dito aos investigadores, recebido uma resposta negativa de Mayara. Nesse momento, a gerente estava conversando com outra pessoa e foi até o interior do restaurante. Foi quando o acusado a pegou pelo braço, sacou a arma e efetuou os disparos, parando no momento que a vítima caiu.
Logo após o assassinato, Luiz afirmou que pegou um funcionário como refém “para garantir a sua integridade”, mas após a chegada da Polícia Militar decidiu se entregar. Ainda no depoimento, Luiz Carlos declarou que “não queria matar Mayara, mas queria pelo menos efetuar disparos de arma de fogo nas pernas dela”.
Durante o depoimento, Luiz Carlos comunicou que havia deixado na parede de seu apartamento alguns dizeres mostrando “o desespero” que passava diante da situação econômica. A residência foi alvo de busca e apreensão.
Para os investigadores, esse é um caso elucidado, não havendo dúvidas sobre a materialidade e autoria do crime. No decorrer do inquérito, a Polícia chegou a pedir o afastamento do sigilo telefônico e telemático de Luiz Carlos, como “forma de investigar a origem do armamento e das munições”.
Com a extração dos dados, não se pode concluir nem se verificou nada sobre a origem da arma de fogo ou da aquisição do revólver e munições apreendidas.
O caso agora passa a tramitar na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. A próxima etapa deve ser a manifestação do Ministério Público da Paraíba, se oferta a denúncia ou não sobre o processo. Até lá, Luiz Carlos Rodrigues segue preso na Penitenciária Flósculo da Nóbrega, o Presídio do Roger, em João Pessoa.
Wallison Bezerra – MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024