João Pessoa, 02 de fevereiro de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A praia de Coqueirinho, no Litoral Sul e outras praias como Camboinha, vêmm sendo invadidas por barraqueiros, numa desorganização a olho nu. A ocupação já chegou na faixa destinada aos banhistas. Em Coqueirinho, essa prática vem acontecendo há muito tempo. Em Camboinha também. Os visitantes que costumam ir a Coqueirinho e moradores de Camboinha reclamam que não tem mais espaço, sequer para caminhar.
Disputada durante a semana e, principalmente nos finais de semana, Coqueirinho e Camboinha reúnem hoje barraqueiros, bares e gerigonças e vão aumentando a cada dia a ocupação de espaços indevidos. Podem e devem ganhar seus sustentos, mas não ocupando a faixa de praia dos banhistas.
Chegam cedo e armam as barracas, algumas já estão fincadas na areia. Espalham cadeiras e sombrinhas por valores altos, disputados entre eles, numa área que é pública. Ali mesmo acontece a venda de alimentos aos usuários, que ocupam suas sombrinhas, sem nenhuma fiscalização sanitária. Se não alugar a sombrinha, não tem acordo.
Segundo um frequentador assíduo da praia de Coqueirinho, que não quis se identificar, a culpa é da Prefeitura do Conde, que não fiscaliza a área, faz vista grossa, enquanto os barraqueiros avançam. Em Camboinha a responsabilidade cabe a prefeitura de Cabedelo.
Em sua coluna, o jornalista Abelardo Jurema denunciou o uso indevido que está acontecendo em Coqueirinho.
“A ocupação desordenada das praias do litoral paraibano, por barraqueiros, hotéis, bares e restaurantes, privatizando áreas públicas, é ainda mais incômoda no litoral sul, especialmente em Coqueirinho onde as mesas instaladas na areia são fixas e não podem ser removidas ao final do dia. O assunto está sendo amplamente discutido pelo Ministério Público que entende que praia é um bem público para ser utilizado por todos.”
A situação de nossas praias e demais áreas públicas da orla marítima do nosso Estado, o espaço de lazer democrático, está precisando urgente de uma audiência pública.
Com a palavra, o Ministério Público.
Kubitschek Pinheiro MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024