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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Na cama com Shakespeare

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publicado em 13/04/2024 ás 07h00
atualizado em 13/04/2024 ás 08h09

Cadê meu protagonista? Noutra visão, que não anula nem abala, só faz piorar a situação, de quem acredita que pode mudar as pessoas. Muda nada. Não tente. Melhor a carapuça de Sal Paradise, o narrador de ‘On the road – pé na estrada’ Simbora.

Vamos pensar num segundo plano, numa realidade fantasmagórica, onde já estamos. Todo os dias o fantasma aparece sem boas falas. O fantasma não tem sexo – liga várias vezes, manda mensagens e volta a ligar.

Não é o fantasma que não trabalha e recebe o dinheiro no dia do apagamento. É o fantasma singularmente idiota. É incrível sua performance.

Às vezes uma sessão de reiki alivia as tensões.  As agulhas da acupuntura, também. Vá por mim.

Os grandes planos não existem (nunca existiram) e a composição requer dinheiro, muito dinheiro para se ter prazeres desse poder fortemente evocado. Claro que dinheiro traz felicidade, porque ela é comprada, assim como se compra milhares de seguidores.

Quem me falou de René Maria Rilke foi o escritor Ascendino Leite, que os “intelectuais” abominavam. No Rio, o chamavam de “o cachorro Ascendino”. Por que o cachorro? Ah, o melhor amigo do homem. Ele pagou caro, por ter o indicador duro. Era boa pessoa.

 Se a gente pensar no ex-novo, nunca o pós-tudo, seria uma inteligência artificial, que não reflete nenhuma conquista. Há quem veja cheiros, sinta sons, mas o sossego, sobretudo o medo, porque o fantasma não para de sondar.

 Me perguntam sempre: “Você já viu algum fantasma nas casas antigas que filmou para o ProjetoK?”

É sempre um desafio quando o projeto é uma orquestra sinfônica, mas a hierarquia insiste no solo de guitarra.

E Shakespeare?  Ah! Ele disse que “o inferno está vazio, todos os demônios estão aqui”. É o que parecer ser : Guimarães Rora, disse que o diabo está rua. Dá no mesmo. Tanto faz, siga, mas não traduza.

 Kapetadas

1 – Quem porsche, porsche; quem não porsche, se ford.

2 – Desde qunado comecei a tomar remédios nunca mais precisei tomar remédios

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB