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A primeira estimativa da safra de cana-de-açúcar 2024/25, divulgada nesta quinta-feira (25) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), indica que o Brasil deve produzir 685,86 milhões de toneladas, uma redução de 3,8% em relação à safra anterior. Apesar da redução na safra, a pesquisa aponta uma produção de açúcar estimada em 46,29 milhões de toneladas, um acréscimo de 1,3% ao obtido na safra anterior, recorde até então.
Entre os fatores apontados para a queda de produção, estão os baixos índices pluviométricos, aliados às altas temperaturas registradas na Região Centro-Sul, que causaram perdas na produtividade, estimada em 79.079 quilos por hectare, 7,6% abaixo da obtida na safra anterior, que foi favorecida pelas boas condições climáticas.
De acordo com o levantamento da Companhia, a área de colheita da cana apresentou crescimento de 4,1%, passando de 8,33 milhões de hectares para 8,67 milhões de hectares. O crescimento deve-se ao aumento de áreas em expansão e renovação, sendo que a colheita na Região Centro-Sul, já iniciada, passa a se intensificar a partir de maio.
Na Região Sudeste, onde se concentra a maior produção de cana-de-açúcar do país (64,6%), estima-se uma produção de 442,74 milhões de toneladas, uma retração de 5,6% frente à safra 2023/24, com a maior redução observada em São Paulo, de 28,32 milhões de toneladas, devido ao contraste com o excelente resultado da safra passada. O Centro-Oeste, segunda região que mais produz cana-de-açúcar, tem a estimativa, para esta safra, de 145,69 milhões de toneladas destinadas ao setor sucroenergético.
Para o Nordeste, indica-se uma produção de 56,65 milhões de toneladas, semelhante à obtida na safra anterior, com lavouras em fase de crescimento e provável início da colheita a partir de agosto. Já nas Regiões Sul e Norte do país, a expectativa é que produzam, respectivamente, 37 milhões de toneladas e 3,78 milhões de toneladas.
Mercado – Apesar da previsão de queda na produção de cana-de-açúcar na safra 2024/2025, a oferta do produto no mercado deve permanecer estável devido aos estoques elevados das usinas, resultantes da safra recorde anterior. Além disso, o Brasil segue com cenário favorável para o açúcar no mercado mundial, o que acaba por favorecer o mix de produção em detrimento do etanol na safra 2024/25, culminando com previsão de aumento da produção do adoçante, apesar de uma menor produção da matéria-prima.
MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024