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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Estas espécies esquisitas

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publicado em 11/05/2024 às 07h00
atualizado em 11/05/2024 às 05h35

Eu ia escrever sobre o enfraquecimento da espécie, mas não foi Charles Darwin que  indicou que  todo /bɔ̃ vi’vɑ̃/ cospe no prato que come, coisas da espécie. Aí resolvi deixá-lo no passado.

Um pastor de Campina Grande reclamou: disse no culto que não precisava salvar os animais da tragédia do Rio Grande do Sul, só os humanos. Os fiéis bateram em retirada. Eu queria entrevistá-lo, aí pensei no cultismo e desisti.

Antes de morrer conheça o romance “Mesmo se a tempestade chegar”, de Paulo Pera que é Paulo Perazzoli, um ator curitibano que criou as próprias histórias para dar vida aos seus personagens, que nem eu.

Tem um grupo “paraibanal” (neolismo do K) que agita a cafonice manipulando e alega pregar o bem social, mas abram os olhos – a saída será um código, que é uma representação, que terá como função oferecer novos sinais.

Ouvi de um acadêmico que o decano caduco está cobrando para fazer prefácios. Pediam tanto para Glauber Rocha apresentar livros, que um dia ele disse:  “faça o prefácio você mesmo e bote meu nome embaixo”

Bom, antes vamos às ruas. Sem armas, a maior delas está entre os sete buracos da nossa cabeça e a cabeça gira.

No sinal fechado, esquina das avenidas Beiro Rio com Maximiano Figueiredo, uma mulher joga a piola do cigarro acesa no asfalto, o motorista de trás apita, apita e ela ainda está no celular olhando as mensagens.

Na  cabeça da avenida Ruy Carneiro, um cara bem vestido, num blazer preto, o carro também era preto, come uma banana pacovan, abre o vidro e joga  a casca para fora. Que feio.

Numa farmácia no centro da cidade, uma freira concedeu entrevista ao Espaço K, mas logo em seguida disse que não autorizava a publicação. Boa noviça, hein?

O deputado Hugo Motta, uma marmota, tentou mas não conseguiu imitar a saudosa maloca ministra Zélia Cardoso de Melo – lembra dela? O Motta queria enforcar o Brasil mexendo no FGTS de milhares de proletários. Bateu pino.

Para levantar a moral algumas espécies entretém questões mágicas  – o que aconteceu no Rio Grande do Sul não suportaríamos, não suportaremos.

Sem estradas ou o que saber, muitos ainda roem as unhas.

Que sobras de espécies esquisitas, né?

Kapetadas

1 – O grande problema do caos climático é que, caso não seja resolvido, não tem outro planeta para alugar.

2 – O sexo, quando morre, vai para as páginas de um livro velho de Freud.  Deve ser a morte do sexo!

3 – Som na caixa – “Meu samba não se importa que eu esteja numa, de andar roendo as unhas pela madrugada”, Paulinho da Viola

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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