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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Rio em flor de agosto, Caetano & Bethânia a gosto

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publicado em 03/08/2024 ás 07h00
atualizado em 03/08/2024 ás 09h24

(Rio de Janeiro) Eu cá não faço a mínima ideia de como é que eu faria para terminar meus dias no Rio de Janeiro, se, claro, tivesse dinheiro, e me restasse muitos dias, ou o que eu faria se me restasse apenas este sábado para  ver Caetano & Bethânia na Barra, no fim do mundo.

Eu faria love com eles até mais tarde, onde o Rio seria mais paraibano.
Não se aferem conclusões, rios, set liste muitas canções,  Negue, não negue, Leaozinho e o bicho papão. Oiteiro, a Urca onde Tim Maia não fez o último show, a Barra, nunca, Copacabana sempre Caymmi e Caetano, o super bacana

Estamos  na avenida Rainha Elizabeth, pra  saber se aqui Clarice ficou, se posso furar o Brasil e fazer um texto com o show de hoje à noite – a estreia, Caetano & Bethânia, a tua presença, a tua presença. Antes passamos na Rua Nascimento Silva, número 107, pra encontrar a Elizabeth.

O que é uma chatice no Rio? Nada, de braços abertos do Redentor ao Leme, que lindo, cada vez mais intenso, ávido de paz.

Cá estou com meus amigos do melhor tempo do século II a.C.  Alex, Francisco, Gui, Alan, cantando Conceição  e Helô com suas meninas Campinas, Gabriel, o baiano mais pernambucano do que nosso Ariano,  que está no Amém.E Renata a paixão do filho de Sérgio Buarque de Holanda. É delírio demais.. Obá.

Rio espesso, longo, calçadas num espaço além do tempo, um tempo além do espaço de Santo Amaro da purificação.

Olhares em uma antropofágica alquimia e, sozinho em Copacabana, pelas ruas que andei, procurei, procurei te encontrar mas as “aves, que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá”

Acho  que vi no Posto 9, a dama do parnaso Thereza Eugenia e sua memória fotográfica. No posto 5 uma voz  dizia no meu ouvido “quero que me devores!” “Quero entregar-lhe minha alma!” Ela pedia. Eu dei. Quem é ela, quem é ela? Eu vejo tudo enquadrado.

É HOJE. Gargalhadas geral, e rimos tanto, e dançarmos uma dança extrema, de uma vastidão pra lá da janela de Carlos Drummond  de Andrade e fomos bater no Último Tango em Paris. É muito delírio, né ?

E se eu acordo e não me acho?

Kapetadas

1 – O Brasil é um acidente histórico e o Rio continua lindo.

2 – O filme Divertida Mente deveria se chamar Deprimida Mente.

3 – Foto – Fernando Young

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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