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Famílias das vítimas protestam e exigem prisão de Fernando Cunha Lima

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publicado em 02/09/2024 ás 14h42
atualizado em 02/09/2024 ás 19h52
Famílias das vítimas envolvidas nos casos de abuso sexual do médico Fernando Cunha Lima protestam em frente ao Fórum Criminal de João Pessoa;

As famílias das vítimas e testemunhas dos casos de abuso sexual infantil envolvendo o médico Fernando Cunha Lima organizaram na manhã desta segunda-feira (2), um movimento em frente ao Fórum Criminal Ministro Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Mello, no Centro de João Pessoa.

Os manifestantes protestam contra a decisão que negou a prisão preventiva do pediatra, deferida pela 4ª Vara Criminal na última quinta-feira (26). Os membros da manifestação exibiram um cartaz com a frase “Junte-se a nós! Use sua buzina para exigir a prisão do predador sexual Fernando Cunha Lima e proteger nossas crianças”.

Em entrevista à MaisTV, canal de vídeos do Portal MaisPB, o advogado das vítimas, Bruno Girão afirmou que a manifestação tem relação com os 40 anos de impunidade do médico Fernando Cunha Lima. As famílias buscam justiça pela prisão e desejam que a polícia não seja impedida de investigar novos crimes que possam ser descobertos.

“Diante dessa notícia que ocorreu na segunda-feira passada de que não foi decretada a prisão preventiva, bem como foi negada também a investigação de novos crimes por meio de quebra do sigilo telemático, busca e apreensão do computador e celular, as famílias se reuniram e deram uma certa urgência a essa manifestação para pedir também justiça (…) esperam que a polícia não seja impedida de investigar não só esses crimes que já foram imputados, como também novos crimes que podem ser descobertos, desvendados diante dessas investigações”, declarou o advogado.

De acordo com o advogado, mais vítimas prestaram depoimentos e está previsto ainda para esta semana a abertura de um novo inquérito policial. “Semana passada tivemos duas vítimas que já foram ouvidas e essa semana esperamos aí mais uma ou três vítimas, tendo em vista que um desses casos são duas filhas pacientes e aguardamos aí a confirmação da mãe de formalizar essa denúncia”, confirmou.

Uma das manifestantes, Flaviane Cartaxo destacou a indignação das famílias, afirmando que esse ciclo de violência não pode existir mais e não descartou a possibilidade de novos protestos caso a justiça “não vier reparar essa injustiça”.

“Ontem foi Gabi, hoje é Maria, amanhã é Sara. A sociedade precisa repudiar todo e qualquer tipo de violência. O Ministério Público já tem doze pedidos de prisão contra esse médico pedófilo e nada foi feito. Então a gente tá aqui pedindo que o Estado, que a justiça seja feita e esse médico seja preso e cumpra com o rigor da lei pelos crimes que ele cometeu (…) ele veio ao longo de 40 anos, violentando crianças tanto em casa, pessoas da família, como também em seus pacientes e a sociedade. A sociedade está aderindo cada vez mais a nossa campanha e não iremos parar enquanto o médico, pedófilo, pediatra não for preso e cumprir por todos os crimes que ele cometeu”, declarou Flaviane.

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