João Pessoa, 15 de outubro de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A maturidade, para mim, é a arte de escolher as batalhas. É sentir o peso das palavras não ditas, a urgência de expressar mil pensamentos, e, mesmo assim, optar pela quietude. Não é ignorância, não é fraqueza. É reconhecer a força contida no silêncio, a elegância de saber que nem tudo precisa ser dito. Às vezes, a palavra mais poderosa é a que não sai da boca.
Existem verdades que se impõem por si só. Brilham em seus próprios méritos, sem precisar de explicações, de justificativas. Elas se revelam aos que sabem observar, aos que têm a capacidade de discernir. Não são verdades que clamam por atenção, mas verdades que se manifestam em atos, em atitudes.
Não me iludo com a ingenuidade, com a crença de que a verdade sempre precisa ser dita, gritada ao vento. Muitas vezes, a verdade é sutil, é um sussurro no coração, uma compreensão profunda e silenciosa. A maturidade, para mim, é a arte de reconhecer essa verdade silenciosa e saber quando o silêncio é a resposta mais eloquente, a mais respeitosa. A mais eficaz.
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OPINIÃO - 22/11/2024