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em entrevista ao programa horah

Terezinha assegura valor de bolsas e afirma “é preciso derrubar os muros entre a UFPB e a sociedade”

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publicado em 18/11/2024 ás 23h36
atualizado em 18/11/2024 ás 23h46
Foto: reprodução/TV Manaíra.

A nova reitora da Universidade Federal da Paraíba, Terezinha Domiciano, anunciou que pretende manter o valor das bolsas de assistência estudantil, extensão e pesquisa alterado na gestão anterior. A declaração foi feita em entrevista ao Programa HoraH, da TV Manaíra, apresentado pelo jornalista Heron Cid.

“Nós não pretendemos cortar bolsas. Pelo contrário, está como nossas metas. Tudo que vier e a gente puder implementar para o atendimento dos estudantes nós vamos fazer. Hoje a maioria dos estudantes da UFPB vem de uma situação de vulnerabilidade social. Como diretora lá em Bananeiras, eu já presenciei muitos casos de pais de alunos que chegam dentro da Universidade chorando e se ajoelhando para que tenha uma Residência Universitária para que eles tenham a acesso ao Restaurante (Universitário) porque, sem isso, é impossível eles ficarem”, relatou Terezinha.

A professora também assegurou que irá aproximar a instituição da sociedade e garantiu que este relacionamento precisar ser buscado e planejado de acordo com os interesses da população.

“A relação Universidade com a sociedade deve ser uma constante e ela deve ser buscada também. Então, enquanto diretora, mudamos essa lógica no Campus Bananeiras. O que as pessoas diziam: ‘a Universidade tem um muro enorme’, eu digo: ‘vamos derrubar esses muros’. E aí você chama o pessoal da sociedade para dizer: o que você tem interesse de projetos dentro da universidade?”, disse a gestora.

Domiciano, na ocasião, também criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal que entende como válida a mudança na Constituição Federal, no qual altera o regime de trabalho para os servidores públicos. No texto, é autorizado a contratação por meio da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e, consequentemente, com ausência de estabilidade.

“Eu estou na universidade há mais de 33 anos e digo com toda certeza: o que vejo no serviço público é muito trabalho. Porque, por exemplo, um professor para chegar no nível de carreira como eu estou ele tem que estudar muito. Semestralmente cada professor tem que elaborar seu relatório apresentar no departamento e ser aprovado em todas as instâncias. Se não, o professor não tem sua ascensão garantida. Então eu sempre estarei em defesa do servidor em todos espaços e trazendo a opinião de quem que ter estabilidade mesmo”, concluiu a docente.

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