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Graduada em direito e pós graduada em direito criminal e família, membro da academia de letras e artes de Goiás, tenho uma paixão pela escrita Acredito no poder das palavras para transformar realidades e conectar pessoas

Conduzindo vidas

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publicado em 10/01/2025 ás 07h36

Não somos apenas passageiros, somos por inteiro e somos condutores nas histórias que vivemos; somos os motoristas, os arquitetos de nossos próprios enredos. As palavras, quando não ditas, tornam-se ecos perdidos, como cartas esquecidas em um lixo emocional. Elas têm o poder de transformar amores em memórias, mas também podem ser as vilãs do desencontro.

Quando um amor chega ao fim, ele não desaparece como uma miragem; ao contrário, deixa marcas indeléveis. As roupas que usamos, o perfume que fica no ar e até mesmo as almofadas nos lembram das noites partilhadas.

O amor é um conjunto de instantes que, mesmos quebrados, continuam a contar uma história – uma narrativa rica em nuances e sentimentos. É tão forte, tão bonito.

É curioso pensar na expectativa que criamos em torno das relações. Se já sabemos o desfecho, por que ainda nos deixamos levar pelas voltas e reviravoltas do enredo? É a jornada dos desencontros que nos fascina, as conversas que nunca acontecem e os livros que fingimos ter lido. Nos tornamos personagens de nossas próprias tramas, discutindo como viveríamos se fôssemos outros.

E assim como Emma Bovary poderia rodar a cidade em busca de um amor idealizado, nós também buscamos experiências que nos façam sentir vivos.

Mas a verdade é que essas experiências são mais do que simples passeios; são reflexões sobre nossa própria essência e sobre o ato de conduzir nossas vidas.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB