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“O arco-íris fica apenumbrado”, diz Jessier em luto por morte de Vital Farias

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publicado em 06/02/2025 ás 19h05

A morte do cantor Vital Farias, 84 anos, causou grande comoção em toda a Paraíba e no Nordeste, especialmente no Sertão e no Cariri. O cantor e compositor Jessier Quirino se manifestou, em entrevista ao Programa Hora H, em sentimento de luto, exaltando o legado do amigo pessoal que faleceu na manhã desta quinta-feira (06), após complicações de um infarto, no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita.

Ele sempre estudou música clássica, a interpretação dele tanto musical como poética tinha esses voejos de erudição e ele transmitia a natureza do homem sertanejo, a alma do homem sertanejo nas suas canções, nas suas cantorias. Ele é um bardo, um trovador, e parodiando ele mesmo. Como ele diz que o arco-íris já mudou de cor, eu parodiando o Grande Mestre, eu diria que o arco-íris hoje fica apenumbrado para a passagem do bardo erudito, cantador, o nosso querido, nosso grande e inquieto Vital Farias. Ele até escolheu um recolhimento de escolha própria durante muito tempo, mas ele não parou de produzir”, disse Jessier.

“Vital é um nome importante, eu diria até que vital, para constar nos catálogos de música genuinamente brasileira”, complementou Jessier.

Jessier também relembrou o lado inquieto e criativo de Vital, que sempre estava em busca de novos projetos e ideias. “Ele não parou de produzir. Eu, que sempre tive contato com ele, nas madrugadas a gente falava, e ele continuava de ligação em ligação, contando dos seus trabalhos”, afirmou, destacando um projeto especialmente significativo: uma ópera sobre o cangaceiro Lampião.

“Ele dizia que Lampião não era santo, nem demônio, mas uma entidade. Ele estava criando uma ópera sobre Lampião, porque ele acreditava que Lampião era um artista, alguém que transcendeu os estereótipos. E ele estava, realmente, fazendo algo grandioso sobre isso”, contou Jessier, revelando o quanto Vital estava mergulhado em sua pesquisa e criação artística.

Quirino encerrou suas palavras parodiando uma das canções de Vital: “O arco-íris hoje fica apenumbrado para a passagem do bardo erudito, cantador, o nosso querido, nosso grande e inquieto Vital Farias.”

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