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A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) divulgou, nesta quarta-feira (19), os resultados das amostras de água coletadas no Rio Jaguaribe, após a formação de uma espuma branca na última quinta-feira (13), na região do bairro do Rangel, em João Pessoa.
De acordo com os testes realizados pela Sudema, a água do rio apresentou características de contaminação orgânica, o que levanta a suspeita de que a espuma tenha sido causada pela alta concentração de surfactantes.
Essas substâncias, encontradas em produtos de limpeza e higiene pessoal, como detergentes, sabão, shampoos e pastas de dente, podem ter sido liberadas no ambiente de maneira inadequada.
Além disso, a amostra de água analisada apresentou níveis de Oxigênio Dissolvido (OD) abaixo do recomendado, o que pode ser um dos fatores responsáveis pela morte dos peixes e outros animais aquáticos. A diminuição do OD ocorre quando microrganismos presentes na água consomem oxigênio, como foi o caso nesta situação, em que foi detectada uma alta contagem de bactérias.
Embora os técnicos da Sudema não tenham identificado lançamentos diretos de efluentes no local exato onde a espuma foi observada, acredita-se que a contaminação seja resultado de pontos ao longo do curso do rio, provavelmente associados ao despejo inadequado de esgoto doméstico e efluentes industriais.
Confira nota:
Testes conduzidos pela Sudema durante a semana indicaram características de contaminação orgânica na água do rio Jaguaribe, na altura do bairro do Rangel, na última quinta-feira (13). Considerando a presença de residências e indústrias na bacia de drenagem que contribui para o volume de água do Rio, a hipótese trabalhada é a de que o aparecimento de espuma foi causada pela alta concentração de surfactantes, que são substâncias presentes em produtos de limpeza e higiene pessoal, como detergente, sabão, shampoos, condicionadores, pastas de dente e similares.
A amostra também apresentou uma quantidade abaixo da indicada de Oxigênio Dissolvido (OD) na água, um dos fatores que podem estar relacionados à morte de peixes e outros animais aquáticos. A diminuição do OD é consequência do consumo de oxigênio pelos microrganismos presentes na água. No caso, foi possível verificar uma alta contagem de bactérias.
Os técnicos da Sudema não identificaram lançamentos direto no rio no ponto em que a espuma foi identificada. Os focos de contaminação devem estar dispostos ao longo do Rio, sendo necessário avaliar as condições de coleta e destinação de esgoto doméstico e efluentes industriais no curso do rio para eliminar os possíveis pontos de contaminação. O planejamento da operação praias limpas já contempla, em sua próxima etapa, a averiguação das condições de lançamento de efluentes e águas pluviais nos rios urbanos. O rio Jaguaribe será avaliado em toda sua extensão, juntamente com seus afluentes, na primeira etapa desse novo avanço da operação.
A Sudema reforça que este caso não está relacionado com o vazamento de uma água escura para o mar na foz do Rio Jaguaribe, na divisa entre João Pessoa e Cabedelo, na última segunda-feira (17). Isso não seria possível visto que o fluxo do Rio Jaguaribe foi desviado, desaguando em um afluente do Rio Paraíba. O trecho que deságua no oceano, também chamado de Rio Morto, é abastecido por águas da chuva e pela rede de drenagem. Os dois trechos, portanto, não estão fisicamente conectados.
MaisPB
NA CÂMARA - 20/03/2025