João Pessoa, 28 de março de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A democracia brasileira está viva. Seguindo os procedimentos constitucionais e legais, as instituições se põem como pilastras do Estado democrático de direito, sustentáculo dos valores, princípios e objetivos fundamentais da República.
Somos nós, a própria democracia, quem gera mais democracia. Repudiando o terraplanismo, as fakes news, posturas autoritárias, politização das forças armadas, bravatas, oportunismos da extrema direita, “baba-ovismo” fascistoide, taras ditatoriais.
A democracia brasileira está fortíssima. Busca se livrar dos achaques da turma golpista da caserna que não apreendeu os valores democráticos nem entendeu que a política é coisa de civil, não de gente armada, muito menos desses cabos de vassouras brocos, crus, sujos, mequetrefes, misóginos, homofóbicos, racistas e chinfrins.
Toda ditadura – e era isso o que se pretendia – venha de onde vier, seja em que tempo for, à esquerda, à direita ou de bandinha, é lixo e milita contra os valores nobres da humanidade. Repudiá-la é dever dos homens e mulheres democráticos; impedi-la é mandamento constitucional direcionado às instituições; criticá-la é obrigação dos partidos políticos, das igrejas, dos sindicatos, da mídia, dos cidadãos e cidadãs.
Calma. O ex-presidente, ainda que um crápula (Envergonha-me um sujeito desses ter sido presidente do Brasil) ainda não foi julgado. É dever presumi-lo como inocente, posto que só o devido processo legal poderá levá-lo ao xilindró ou dele livrá-lo.
No entanto, é difícil o mucuim se livrar das grades. Suas pegadas deixaram quilômetros de rastros, sulcos profundos nas costas do Estado democrático de direito. Somente as patentes mais retrógradas do Exército Brasileiro nada enxergaram. Também pudera: estavam pescando comunistas, agradecidos pelas próteses penianas, adquiridas pelo capitão.
Queria Deus que, na cadeia, o mito se transforme na Madre Teresa de Calcutá. Se isso acontecer, levarei pra ele meu livro “Nos tempos do capitão”. Para passar o tempo. E mais: por vários dias, em vigília, gritarei: Boa noite Jair! Quem haverá de gritar comigo?
Ah, em tempo: anistia, jamais!
@professorchicoleite
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247 NOVAS MORADIAS - 01/04/2025