Se eu pudesse me encontrar em um momento de reflexão, diria a mim mesma que a vida é exatamente isso: um constante vai e vem, como uma porta que insiste em emperrar, mas que, de repente, se abre para novos visitantes. É um convite ao perdão, um exercício diário de se aceitar mil vezes, ajustando-se na quietude que tanto precisamos para encontrar nossa paz interior.

A vida é feita de laços estreitos de amor-próprio, uma caminhada que nos ensina a seguir em frente sem nos prendermos ao passado. É preciso admitir os erros, reconhecer que cada um deles é uma oportunidade de amadurecimento e evolução. O tempo é mestre, é sábio, mas o tempo não espera por ninguém, o tempo que nos ensina a arte de aprender com as experiências.

É nesse ir e vir, nesse bate-volta, que encontramos a lucidez necessária para sermos felizes. Permitir-se sentir cada emoção é essencial; extravasar e viver sem o peso da posse ou da culpa. Ser quem somos, com todas as nuances que nos constituem, é um ato de coragem e autenticidade.

Sinto cada cicatriz como uma marca valiosa da minha trajetória. Cada passo dado, cada desistência seguida de uma nova busca, compõem a minha existência. Já fui sol em dias claros e tempestade em momentos de turbulência. Ambas as faces me moldaram e me trouxeram até aqui.

Continuo comigo mesma nessa caminhada . A fidelidade aos meus sentimentos é o meu norte. Aprendi a respeitar minhas emoções e a valorizar o que realmente importa: a conexão com meu ser interior.

A vida não é linear; ela se desenrola em ondas, com altos e baixos que nos desafiam a crescer. Cada experiência traz consigo uma lição e, mesmo quando o caminho parece incerto, há sempre algo a ser descoberto.

Assim sigo, navegando pelas marés do cotidiano, acolhendo cada novo desafio como uma oportunidade de renovação. A beleza da vida está na sua imprevisibilidade e na capacidade de nos reinventarmos a cada dia. E assim, com amor-próprio como guia, continuo a trilhar meu caminho, fiel ao que sou e ao que sinto.

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