Empresas paraibanas são incluídas em nova “lista suja” de trabalho escravo

O Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão foi atualizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nesta quarta-feira (9), com a inclusão de novos nomes na Paraíba. De acordo com a lista,13 empregadores do Estado, em quatro cidades, foram flagrados submetendo trabalhadores a condições análogas à escravidão no últimos dois anos.

No total, 76 trabalhadores estavam sendo submetidos a trabalhos degradantes. Sendo 54 deles em Campina Grande, 15 em Taperoá, 5 em João Pessoa, um em Alagoa Grande e outro sem cidade definida.

Também conhecido como lista suja do trabalho escravo, o cadastro é atualizado a cada seis meses com o objetivo de dar transparência às atividades de auditores-fiscais do trabalho no enfrentamento ao problema. A última versão foi divulgada em outubro de 2024.

Entre as atividades econômicas com maior número de patrões incluídos estão criação de bovinos; cultivo de café e trabalho doméstico.

Confira os detalhes da lista:

Campina Grande

Número de empregadores: 8
Número de trabalhadores: 54
Locais específicos:

Pedreiras do Sítio Covão e KM 21 – 23 trabalhadores

Pedreira do Sítio Gravatinho, KM 21, BR 230  – 5 trabalhadores

Pedreira do Sítio do Buraco do Bosque – 8 trabalhadores

Pedreira do Sítio do Buraco do Bosque – 1 trabalhador

Bairro São José  – 1 trabalhador

Pedreira do Sítio Gravatinho, KM 21 da BR 230 – 2 trabalhadores

Pedreira do Sítio Gravatinho, KM 21 da BR 230 – 6 trabalhadores

Pedreira do Sítio do Buraco do Bosque – 8 trabalhadores

Taperoá

Número de empregadores: 2
Número de trabalhadores: 15
Locais específicos:

Sítio Pocinho, Zona Rural (Construtora Apodi LTDA) – 11 trabalhadores

Pedreira Assentamento José Moreira, Zona Rural  – 4 trabalhadores

João Pessoa/PB

Número de empregadores: 1
Número de trabalhadores: 5
Local específico:

Alojamento na Rua Luís Tibúrcio Spineli Filho, 21, Bairro Valentina de Figueiredo (Kanova Engenharia e Construções LTDA)

Alagoa Grande/PB

Número de empregadores: 1
Número de trabalhadores: 1
Local específico:

Centro

Local indefinido (residência particular, provavelmente João Pessoa ou região próxima)

Número de empregadores: 1
Número de trabalhadores: 1
Local específico:

Residência

Vale lembrar que, depois que o nome do empregador é incluído no Cadastro, ele permanece publicado por dois anos, conforme o art. 3ª da Portaria Interministerial que regula a lista. Por isso, no dia 4 de abril de 2025, o MTE retirou 120 nomes que já haviam completado esse prazo.

O Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores à condição análoga à de escravo, popularmente conhecido como “Lista Suja”, existe desde 2003 e é regulamentada atualmente pela Portaria Interministerial nº 18, de 13 de setembro de 2024.

João Pedro Gomes – MaisPB