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CUIDADO: MaisPB revela os riscos do beijo de carnaval

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publicado em 17/02/2012 às 17h30

Esta chegando o carnaval e a ‘festa da carne’ é um momento propício para os ‘amores de carnaval’ e mesmo com as constantes campanhas para o folião ter cuidado com as doenças sexualmente transmissíveis os foliões também devem está atentos aos riscos que o beijo na boca pode trazer. Por causa da baixa na imunidade, causada pelos vários dias de pouco sono e muita atividade, aumentam as chances de contrair doenças transmitidas pelo beijo.

De acordo com o coordenador geral de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Ricardo Pio Marins, o contato direto boca a boca pode provocar várias doenças. “Existe a possibilidade de transmissão de hepatite B através de saliva em contato mais íntimo e não precisa ser tão íntimo quanto do HIV. Hepatite B se transmite muito mais facilmente do que as outras infecções. Se a pessoa estiver com uma lesão em atividade de herpes labial, o contato direto também vai facilitar a infecção. Além disso, tem a doença dita doença do beijo que é a mononucleose e citomegalovirose, que são doenças que ocorrem, principalmente, na idade adulta especialmente no indivíduo adulto jovem e no adolescente.”

O hábito de "ficar" beijando várias pessoas em uma mesma folia tem os seus riscos.

A gengivite, por exemplo, é uma infecção bacteriana que teve sua incidência aumentada nos últimos anos, provavelmente em decorrência do hábito de “ficar”. De acordo com um estudo publicado em fevereiro de 2006 no British Medical Journal, beijar na boca várias pessoas aumenta em quatro vezes o risco de adolescentes contraírem meningite, uma infecção cerebral potencialmente fatal. Já a bactéria causadora da temida cárie dental, streptococcus mutans, também pode ser transmitida pelo beijo na boca.

Além das bactérias, o beijo também pode transmitir vírus causadores de doenças. Uma dessas doenças, a mononucleose, recebeu como nome popular "doença do beijo". Mononucleose é causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB) e, depois de um período de incubação de 30 a 45 dias, a pessoa pode permanecer com vírus para sempre no organismo.

Mononocleose pode ser uma doença assintomática, ou apresentar sintomas que incluem: fadiga, dor de garganta, tosse, inchaço dos gânglios, perda de apetite, inflamação do fígado e hipertrofia do baço. Outra doença por vírus mais conhecida, e também transmitida pelo beijo, é o herpes labial. Essa doença é provocada pelo vírus herpes simplex e pode causar bolhas e feridas nos lábios e pele ao redor da boca.

Citomegalovírus apresenta sintomas parecidos com os da mononucleose (mas se a pessoa não estiver com o sistema imunológico em baixa, a infecção também pode ser assintomática.), mas em casos mais graves, pode comprometer o sistema digestivo, o sistema nervoso central e a retina de algumas pessoas. Pode ser transmitido de diversas outras maneiras além da saliva, como por exemplo, via respiratória (tosse, espirro, fala e afins), relação sexual sem proteção ou transfusão de sangue.

As temidas doenças sexualmente transmissíveis (DST) também podem ser contraídas pelo beijo. O Departamento de Saúde dos EUA considera que pode haver risco, apesar de muito pequeno, de transmissão do vírus HIV, causador da doenças da AIDS, através do beijo da boca caso existam feridas ou sangramento na boca. O risco de transmissão do HIV através do beijo na boca teoricamente é maior em pessoas com body-piercing na língua ou lábios. Um beijo mais ardente poderia provocar sangramento na região do body-piercing, havendo o risco de infecção do vírus HIV se o sangue entrar em contato com uma lesão bucal ou corte. Outras DST também transmissíveis pelo beijo incluem sífilis e gonorréia.


MaisPB

com Banco de Saúde e Copacabanarunners